sábado, 22 de junho de 2013

O MILAGRE DE SÃO JOÃO BATISTA, DURANTE A INVASAO HOLANDESA DO MARANHÃO EM 1641



O Milagre de São João Batista 
 


                   Contam-se da invasão holandesa do Maranhão, em 1641, histórias de  desrespeitos à população e de profanações, a primeira das quais, praticada logo no desembarque pelo Desterro, cuja ermida, então de frente para o mar; os flamengos teriam invadido e depre dado.


                   Quando, após mais de dois anos de dominação, os portugueses, com o  bravo concurso de índios e outros homens da terra, organizaram a revolta  que terminaria expulsando definitivamente do Maranhão os enviados de  Nassau, travaram-se diversos e rudes combates no interior e em São Luís. 
                   Aqui, sob o comando de Antônio Muniz Barreiros, que, morrendo, teve em  Antônio Teixeira de Melo o competente e indispensável sucessor; as tropas    portuguesas fizeram da Igreja do Carmo seu quartel-general. Lá,  concentraram a ofensiva contra os hereges flamengos, como ao tempo se   dizia.


                   Os holandeses, sediados no Forte de São Filipe (onde hoje está o Palácio dos Leões), contavam, como principais instrumentos de combate, com dois  canhões assestados para a Igreja do Carmo. Notando que a artilharia  portuguesa concentrava seu fogo na direção dessas armas, os holandeses colocaram junto a elas, em lugar bem visível, uma grande imagem de São João Batista. Pretendiam impedir que os portrugueses atirassem, ou  obrigá-los a, fazendo-o, cometer um sacrilégio que os atingiria moralmente.














                   Diz Frei Francisco de Nossa Senhora dos Prazeres Maranhão, na Poranduba maranhense, que "não só a imagem ficou ilesa dos nossos tiros, mas também no primeiro que disparou um dos referi dos canhões, rebentou com tantos estragos daqueles iconoclastas, que, ficando confusos com semelhante sucesso, retiraram logo a santa imagem com menos indecência.




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