quarta-feira, 16 de agosto de 2017

AS SANTAS QUE SE VESTIRAM DE HOMEM.

Devido a leis que evitavam que as mulheres se apresentassem em posicionamento de liderança dentro de uma sociedade, muitas delas decidiram viver suas vidas como homens,  temos alguns exemplos nas histórias de vida de alguns Santos e Santas:




SANTA MARINA SE PASSOU POR MONGE



















Santa Marina ou Santa Marina de Bitínia viveu no século V d.c. no norte do Líbano ou oeste da Turquia. Após a morte da mãe, seu pai Eugênio resolve entrar para a vida monástica. Não querendo abandoná-lo, a jovem Marina raspou os cabelos e se vestiu de homem, prometendo manter sua identidade em segredo para poder acompanhar o pai. 



Adotando o nome de Marino, foi dedicada e muito fervorosa na sua vida religiosa mesmo depois da morte do pai, ganhando a afeição de todos no mosteiro.

Depois de viver no mosteiro por alguns anos, tornou-se necessário que pai e filha viajassem.
Enquanto estavam hospedados em uma pousada, a filha rebelde do estalajadeiro ficou atraída por Marinus e tentou seduzi-la. Quando Marinus recusou seus avanços, ela afirmou ter sido seduzida por Marinus e que estava grávida. Este, por sua vez, não tentou desmentir as alegações. Assim, foi expulsa do monastério.

Para piorar a situação Marinus foi obrigado a assumir a paternidade da criança, sendo obrigado a realizar duras penitências e trabalhos braçais. Quando sua identidade foi revelada, enfim chegou a hora de sua morte. Marinus é reverenciado pela igreja Católica Romana e Ortodoxa como Santa Marina, a monja.


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SANTA EUGÊNIA DE ROMA

Saint eugenia | Etsy


Diz-se que ela era filha de Filipe, o "duque" de Alexandria e governador da província romana do Egito. Ela então fugiu de casa disfarçada de homem e foi batizada por Helenus, bispo de Heliópolis. Posteriormente ela se tornou um abade, ainda fingindo ser um homem. 
Ela - ainda fingindo - curou uma mulher de uma doença e quando ela tentou se insinuar para Eugênia, ela a rejeitou e acabou sendo acusada falsamente de adultério em público. 
Ela foi levada à corte onde, ainda disfarçada, ela se encontrou com seu pai como juiz. No julgamento, sua verdadeira identidade feminina foi descoberta e ela foi perdoada. Seu pai se converteu para a fé cristã e se tornou bispo de Alexandria, o que incitou o imperador Valeriano a executá-lo. 
Eugênia e todos os que moravam com ela se mudaram então para Roma, onde converteram muitos para o cristianismo nascente, especialmente as donzelas, o que não impediu o seu martírio. Proto e Jacinto foram decapitados e Eugênia também, logo após ela ter tido - conforme a lenda - uma visão de Cristo num sonho afirmando que ela morreria na Festa de Natal. 
Ela foi decapitada em 25 de dezembro de 258.


SANTO ONOFRE - O SANTO QUE MUDOU DE SEXO



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No rito ortodoxo, Onofre teria sido uma jovem virtuosa que, para preservar a sua virgindade de um feroz perseguidor, rezou para que Deus a transformasse num homem, o que lhe foi concedido. Depois, foi viver como eremita no deserto do Egito, vivendo pelado e tendo apenas a sua longa barba a lhe cobrir as partes.

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SANTA JOANA D`ARC VESTIU-SE DE SOLDADO

Joana se apresentou ao rei como Jehanne la Pucelle. Comumente traduzido como “moça” em inglês, a palavra francesa medieval pucelle era então a palavra ordinária para virgem. Sob esse título, Joana o informou que tinha ordens do alto de expulsar os ingleses da França e coroá-lo em Reims. Ela tinha apenas dezessete anos, dificilmente cinco pés de altura (ndt: aproximadamente 1,52 m) e iletrada. 

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Até então ela estava vestindo roupa masculina a pedido dos Céus, não apenas porque estava ocupada em liderar tropas na batalha, mas principalmente porque teria que preservar sua virgindade em meio aos soldados no campo. 
O rei teve a precaução de requerer à sua sogra Yolanda, Rainha da Sicília, e suas senhoras, que verificassem tanto o sexo de Joana como sua integridade física.

Joana Darc cortou seu cabelo bem curto e vestia roupas de homem. Ela particularmente imaginava belas armaduras e bons cavalos, que montava escarranchada e era admirada por sua proeza com a lança. Liderava tropas em batalha, mantendo-se na armadura por seis dias seguidos se necessário, e nunca vacilava em seu objetivo mesmo depois do inimigo capturá-la. 


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Eles a examinaram e executaram, não por crimes de guerra, mas por usar roupas masculinas e ser considerada uma feiticeira, pois uma mulher não lideraria um exército, segundo se pensava na época, nem suas revelações poderiam ser consideradas divinas pela Inglaterra, se não ela teria que negar seu poder político no território francês.




Nisto não há judeu nem grego; 
não há servo nem livre; 
não há macho nem fêmea; 
porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
 Gálatas 3,28

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