terça-feira, 14 de setembro de 2010

NOSSA SENHORA DAS DORES




Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa) é um dos plúrices títulos pelos quais a Igreja venera a Virgem Maria, sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal.


O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita).


Deve o seu nome às Sete Dores da Virgem Maria:

As profecias de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)



A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);



O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);



O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);



Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);



Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);



Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).

Iconografia
Nossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes uma só espada), dado ter sido trespassada por uma «espada de dor», quando da Paixão e Morte de seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor e sendo por isso chamada pelos teólogos de Corredentora do Género Humano.
É também seu símbolo o Rosário das Lágrimas (ou Terço das Lágrimas), com 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada.


Aparece também frequentemente representada com uma expressão dolorida diante da Cruz, contemplando o filho morto (donde nasceu o hino medieval Stabat Mater), ou então segurando Jesus morto nos braços, após o seu descimento da Cruz (dando assim origem à temática das Pietà).




CULTO
Nossa Senhora das Dores - Pirenópolis - Goiás - BrasilEm Pirenópolis é venerada na Semana Santa, com o Setenário, e procissão.



Em Mantenópolis é venerada no dia 15 de setembro, a festa começa no mês de agosto com a peregrinação com a imagem de Nossa Senhora das Dores pelas comunidades da Paróquia, iniciado pela comunidade São Geraldo e indo até o município de Alto Rio Novo, que também faz parte da paróquia.

Cada comunidade leva até a comunidade vizinha até o dia 15 de setembro, quando a imagem desce em Carreata desde o município de Alto Rio Novo até Mantenópolis, onde há uma Missa que é presidida pelo bispo de São Mateus finalizando a novena. Logo após à missa, há uma apresentação artística de cantores contratados pela paróquia.



Em Boa Esperança, (MG) é venerada na Semana Santa com o Setenário das Dores, e na semana do dia 15 de Setembro. Celebram-se missas durante sete dias, até o dia de sua festa, quando, além de procissão por toda a cidade, celebram-se duas missas: uma de manhã, antes da procissão, e outra à noite.



É venerada no dia 15 de Setembro, sendo o santo patrono da Eslováquia, do estado norte-americano do Mississípi, dos municípios brasileiros de Juazeiro do Norte, Juquitiba em São Paulo, Januária e Cajazeiras, na Paraíba. ,Caruaru, Mantenópolis e Limeira e das comunas italianas de Accumoli, Mola di Bari, Paroldo e Villanova Mondovì.



É também alvo de particular culto na Malta e em Espanha (sendo orago dos seguintes municípios: Alanís, Albuñuelas, Alhama de Granada, Arévalo, Ayamonte, Blanca, Cobisa, Cuenca, Granada, Guadix, Güevéjar, Lodosa, Luzaga, Medina del Campo, Uclés, Vera, Villarramiel e Villatuelda).

 Meditação das Dores de Nossa Senhora.



Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa.
Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz.
 É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria.
Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.



A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.



Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz.



As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores



Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

Eis as promessas:



1ª - Porei a paz em suas famílias.



2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.



3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.



4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.



5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.



6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.



7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.



Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:

Eis as Graças:



1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.

2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.



3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.



4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.



O TERÇO DAS SETE DORES DA VIRGEM MARIA.


Início:



D- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.



R- Amém!



D- Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos!



R- Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.



D- Nós contemplamos vossas Dores, ó mãe de Deus!



R- E vos seguimos no caminho da fé!

 

Oração Inicial:



Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos mérito de Vossas Dores e lágrimas, a graça...(pedir a graça)






1ª Dor - Profecia de Simeão
Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias





2ª Dor - Fuga para o Egito
O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

 

3ª Dor - Maria procura Jesus em Jerusalém
Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele (Lc 2,43b-45).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias





4ª Dor - Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário
Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias



5ª Dor - Maria ao pé da Cruz de Jesus
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias



6ª Dor - Maria recebe Jesus descido da Cruz
Chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias



7ª Dor - Maria deposita Jesus no Sepulcro
Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

No final diz-se a Salve Rainha.



 Outro modelo de Terço:

Coroa de nossa Senhora das Dores

Oração Inicial


Virgem Doloríssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores. Vosso Divino Filho tem vinculado à devoção de vossas Dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos.






Alcançai-nos, Senhora, de Vosso Divino Filho pelos méritos de vossas Dores e Lágrimas, a graça...(faça seu pedido)

como o terço inicia-se esta coroa com o “Creio em Deus Pai” – Pai Nosso – três Ave Maria – e após cada mistério reza-se um Pai Nosso e sete Ave Maria



1º Mistério - Contemplamos a dor que sentiu Maria Santíssima, quando uma espada de Dor trapassou sua alma.



Conforme a profecia do velho Simão no templo. (Lc. 2, 34)



2º Mistério - Contemplamos a dor que sentiu Maria Santíssima, quando fugiu para o Egito, conduzindo seu Filho recém-nascido. (Mt 2, 13)



3º Mistério - Contemplamos a dor que sentiu Maria Santíssima, quando perdeu seu Divino Filho no templo por 3 dias. (Lc 2, 42)



4º Mistério - Contemplamos a dor que sentiu Maria Santíssima, quando encontrou seu Filho Jesus com a pesada cruz às costas. (Rt 1, 20)



5º Mistério - Contemplamos a dor que sentiu Maria Santíssima, quando estava ao pé da Santa Cruz. E Jesus, vendo sua Mãe e perto dela o discípulo, disse à sua Mãe: “Mulher, eis aí teu filho!” Em seguida, disse ao discípulo: “Eis aí tua Mãe!” (Jô 19, 25)

6º Mistério - Contemplamos a dor que sentiu Maria Santíssima, quando desceram seu Divino Filho morto na Cruz e o depositaram em seus braços. (Zac 12, 10b)

7º Mistério - Contemplamos a dor que sentiu Maria Santíssima, quando depositaram seu Filho Jesus no sepulcro, ficando Ela em triste soledade. (Lam 2, 13)




SALVE RAINHA


Oração Final



Daí-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a “MÃE DAS DORES”, para que possamos participar de vossos sofrimentos e Vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade.



Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade, de um dia nos alegramos convosco no Céu.



Amém.











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