sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE




Margarida Maria Alacoque, nasceu no dia 22 de Agosto de 1647 em Verosvres, na Borgonha.










O seu pai, juiz e tabelião, morreu quando Margarida ainda era muito jovem.

Após a morte de seu pai, Claudio de Alacoque foi morar na casa de seu tio Toussant(tussã) e sofreram ela e sua mãe, dona Felizberta de Alacoque.

 Assim ela conheceu a humilhação da necessidade, vivendo ao capricho de parentes pouco generosos e nada propensos a consentir que ela realizasse o seu desejo de fechar-se no convento.

A mãe e os irmãos, eram vítimas das perseguições diárias de tias rabugentas com as quais habitavam. Sua mãe, sofrendo de longa e dolorosa doença, foi carinhosamente amparada pela pequena Margarida, apesar da repulsa que certos cuidados exigiam à sua extrema sensibilidade.

 

Recebeu a comunhão aos nove anos e aos 22, a confirmação, para a qual quis preparar-se com confissão geral: ficando quinze dias preparando-se, escrevendo num caderninho a grande lista de seus pecados e faltas, para ler depois ao confessor.

A sua mudança para o convento das Irmãs clarissas, que cuidariam dela e de seu aprimoramento religioso, representou um período difícil pela separação da vista da mãe.

A decisão de enviá-la para as clarissas não foi tanto pelas incoveniências em cuidar da mãe, mas principalmente pela luta diária diante da falta de amabilidade e incompreensão dos que a rodeavam.

Permaneceu no convento das clarissas, porém, ligada à vida secular até atingir a juventude.

Certo dia, quando participava de uma missa, mesmo sem conhecer o sentido exato, pronunciou inspiradas palavras de consagração ao Senhor:

"Ó meu Deus", disse, "consagro-vos a minha pureza e faço-vos voto perpétuo de castidade".

 Uma doença, porém, passou a lhe atormentar por um período de quatro anos, de modo que o sofrimento tornou-se constante, já que nenhum medicamento era eficaz para abrandar as intensas dores no organismo.

Foi quando, milagrosamente, a doença regrediu até a cura, e por este motivo consagrou-se à Virgem Maria, prometendo entrar no serviço religioso.

Estava decidida a ingressar na Congregação das Ursulinas, quando uma voz secreta disse-lhe:

"Não a quero lá, mas em Santa Maria...!

Estava claro que o Senhor destinara ela para a Congregação das Irmãs da Visitação e isto já era prefigurativo de como ela iria glorificar o Senhor na propagação do Coração de Jesus.

 As palavras do fundador da Ordem da Visitação, São Francisco de Sales, quando escreveu a São Jeanne de Chantal em 10/06/1611, demonstravam já a devoção da congregação aos Corações de Jesus e Maria:

 "Realmente, a nossa pequena congregação é uma obra do Coração de Jesus e de Maria".

Devoção correlatada por São Jeanne de Chantal:

"As Irmãs da Visitação são bem humildes e fiéis a Deus, e terão o Coração de Jesus como residência e estada neste mundo".
Santa Margarida foi acolhida no convento das Irmãs da Visitação de Paray-le-Monial.

Ali mesmo o Senhor se manifestaria a ela em revelações distintas, relativas à difusão da consagração e amor ao Seu Coração.


 

Na festividade de São João Evangelista de 1673, uma moça de vinte e cinco anos, irmã Margarida Maria, recolhida em oração diante do Santíssimo Sacramento, teve o singular privilégio da primeira manifestação visível de Jesus, que se repetiria por outros dois anos, toda primeira sexta-feira do mês.











Em 1675, durante a oitava do Corpo de Deus, Jesus manifestou-se-lhe com o peito aberto e apontando com o dedo seu Coração, exclamou:

 "Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles".

A essência da mensagem, porém, agrupa-se em três revelações.

A primeira ocorreu em 27 de dezembro de 1673, conforme relatou Santa Margarida:

"Diversas vezes, diante do Santíssimo Sacramento... "encontrei-me inteiramente investida desta divina presença... eu abandonei-me ao Seu Divino Espírito, por força do Amor o Seu divino Coração...

Ele me fez repousar de forma extrema e por um longo tempo sobre o Seu divino peito, onde pude descobrir as maravilhas do Seu amor, e os segredos mais profundos e inexplicáveis do Sagrado Coração...








Ele me disse:

"O Meu divino Coração transborda de amor para os homens, de modo especial por você, que não poderá mais conter para si a luz das chamas da brilhante caridade;
é necessário que seja difundida aos homens, e que lhes seja manifesto para enriquecê-los dos preciosos tesouros que te revelei..."

A segunda, situa-se provavelmente deu-se em uma das primeiras sextas-feiras do ano 1674:

"E numa das vezes, entre tantas outras, em que o Santíssimo Sacramento estava exposto, após ser eu retirada do interior de mim mesma...

Jesus Cristo, Meu suave Mestre, apresentou a mim, repleto da sua glória, suas cinco chagas, brilhantes como cinco sóis, e desta sagrada Humanidade saíam chamas de todas as partes, sobretudo do Seu adorável peito, semelhante à uma fornalha; neste instante revelou-me todo o amor e todo o seu amável Coração e o estado da fonte viva destas chamas.





Ele revelou-me as maravilhas inexplicáveis de seu Puro Amor, excessivamente entregue aos homens, dos quais recebia apenas frieza e ingratidão...

" Na terceira, ocorrida durante o mês de junho de 1675, Jesus exigiu que fosse feita uma festa especial ao Seu Sagrado Coração:

"Numa das tantas vezes em que encontrava-me diante do Santíssimo Sacramento, revelou-me Deus as graças excessivas de Seu Amor...




Então, mostrando-me Seu divino Coração, disse:

"Aí está o Coração que tanto tem amado os homens, a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor;

... eu te exijo mais, que na primeira Sexta-feira de acordo com a oitava do Santíssimo Sacramento, seja dedicada e junte-se à esta festa por honra ao Meu Sagrado Coração, fazendo que seja de igual honra àquele dia, a fim de reparar as indignidades e ultrajes durante o tempo em que o viram exposto sobre os altares.

Margarida Maria Alacoque, escolhida por Jesus para ser a mensageira do Sagrado Coração, já fazia um ano que vestira o hábito das monjas da Visitação em Paray-le-Monial.

No último período de sua vida, nomeada mestra das noviças, ela teve a consolação de ver propagar-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e os próprios opositores de outrora mudarem-se em fervorosos propagadores.


Morreu em 17 de Outubro de 1690, aos 43 anos de idade.





CORPO DE SANTA MARGARIDA MARIA






Foi canonizada em 1920, mas a data da sua festa foi antecipada por um dia para não coincidir com a de Santo Inácio de Antioquia






Um comentário:

  1. Minha Santa Edwiges, suplico sua ajuda, que eu consiga pagar as minhas as dívidas.
    E também suplico a vossa protecção para mim e para toda a minha família

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