quarta-feira, 8 de maio de 2013

E DAS VIRGENS, VIRGEM - MARIA É A VIRGEM DAS VIRGEN







Virgem das virgens, em termos biblicos, significa que Maria foi Virginissima, a mais virgem de todas.

Desde o início do cristianismo Maria era cultuada como “Áiepartenon“, isto é, a “sempre Virgem".


A virgindade eterna de Maria é facilmente demonstrável, quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica.


 Maria foi Virgem antes do parto, permaneceu Virgem durante e após o parto.





Maria era Virgem antes do parto 

: “O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada… e o nome da Virgem era Maria“. (Luc. I, 26).




E a própria Virgem dá testemunho disso ao anjo:

 “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". 






Maria permaneceu Virgem durante o parto
  


 O Evangelho nos mostra que Maria,  “deu à luz o seu filho".



" E estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz” (Luc. 1, 6).

Sendo Maria virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o milagre da encarnação é uno e completo. 

E isto é muito conforme à profecia: “uma virgem conceberá e dará à luz". 

O Evangelho  faz a aplicação desta profecia: 

Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta” (Mat. 1, 22).

 Ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente!

 Deus quis manter a virgindade de Maria antes e durante o parto, não o precisava, mas assim o fez.





Maria permaneceu virgem após o parto



Se não fosse a vontade de Maria manter a castidade perpétua, sua afirmação (Como se fará isso, pois eu não conheço varão? Lc 1,34) não teria propósito, pois o Anjo poderia lhe responder:

 “se ainda não conhece, conhecê-lo-á logo; não é José teu esposo?".



 A sua afirmação só faz sentido, dentro do contexto, tendo Maria feito o voto de castidade perpétua.


ANTES DE COABITAREM:

No Evangelho de São Mateus, diz:

 “Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo” (Mt 1, 18). 

Ora, “antes de coabitarem” significa apenas “antes de morarem juntos na mesma casa".

 Isso  aconteceu quando “José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa "
(Mt 1, 24)






FILHO PRIMOGENITO:
 





No Evangelho de São Lucas, diz: 

Maria deu à luz o seu filho primogênito  (primeiro filho)” (Lc 2, 7). 


A lei mosaica exige que todo o primogênito (primeiro filho) seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não: 

Consagrar-me-ás todo o primogênito entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu” (Ex 13, 2). 

Um exemplo elucidativo encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica: 

Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho primogênito".

 Ou no Êxodo, quando Deus disse:

 “Todo o primogênito na terra do Egito morrerá” (Ex 11, 5).

 E assim aconteceu. “Não havia casa em que não houvesse um morto” (Ex 11, 30). 

Necessariamente, havia, como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se tinham casado nos últimos anos…
Depois, em outro trecho, Deus ordena:

 “contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de Israel, da idade de um mês para cima” (Num 3, 40). 

Ora, se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo?


Logo, há primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho.

A primogenitura era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. 



Geralmente, o filho, primeiro, tinha direito a certos privilégios, como os de herdeiro etc, ficando sujeito a certas obrigações, como vemos na Bíblia. (Lc 2, 23)

É, portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus: “primogênito – “ton protótokon“. 

 Designa-o, deste modo, como herdeiro de David, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança (cf Gen 10, 15 – 21, 12).

E é isso que se pode verificar na apresentação de Jesus no templo: 

Depois que foram concluídos os dias da purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao Senhor” (Lc 2, 22)









NÃO A CONHECEU ATÉ QUE DEU À LUZ:




Em algumas traduções, aparece em São Mateus:

 “José não conheceu Maria até que ela desse à luz um filho ”
(Mt 1, 25). 



 “Até", na linguagem bíblica, refere-se apenas ao passado e 

não fica claro que após ela dar à luz José a teve como 

mulher. 



A expressão "até que" corresponde ao hebraico ad ki. 

Esta partícula na Escritura ocorre para designar apenas 

que se deu (ou não se deu) no passado sem indicação 

do que havia de acontecer no futuro.

Assim, não significa que José conheceu Maria após o 

nascimento de Jesus. 

O texto do Evangelho quer dizer apenas que "sem que José 
a conhecesse ela deu à luz o seu filho".  

 Além é claro das palavras de Maria em Lucas que mostra 

sua firme intenção de permanecer virgem, pois quando o 

anjo anuncia o nascimento de Jesus, ela poderia deduzir 

que, SENDO NOIVA,  se casaria e teria um menino, no 

entanto,  pergunta como isso acontecerá pois não conhece 

homem E NEM TEM INTENÇÃO DE CONHECER ( e aí já 

vemos a ideia de uma noiva que por inspiração divina quer 

permanecer virgem):




"Como se fará isto, pois não conheço homem?" (Lc 1,34)





Exemplos do uso do até sem indicar que após ele haveria 

mudança:



 “Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua 

morte” (II Sam 6, 23). 



Ou então, falando Deus a Jacob do alto da escada que este 

vira em sonhos, disse-lhe:



 “Não te abandonarei, enquanto  não se cumprir tudo o que 

disse” (Gen 28, 15). 



Quererá isso dizer que Deus o abandonaria depois? 


Em outra passagem, Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos: 


Eis que eu estou convosco todos os dias, até 

a consumação dos séculos” (Mt 28, 20).


Ora, o texto sagrado deixa claro que a palavra “até” é um 

reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do verbo 

por obra do Espírito Santo, e não por obra de um homem 

(S. José).
  





OS IRMÃOS DE JESUS - JESUS TEVE IRMÃOS?



Há sete textos no Novo Testamento que mencionam "Os Irmãos de Jesus", no entanto o mais expressivo é o de Mar 6, 3: "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?".

Leia também: Mat 13, 55s; Mar 3, 31-35; Mat 12, 46-50; Luc 8, 19-21; Joa 2, 12; Joa 7, 2-10; Ato 1, 14; Gál 1, 19 e 1 Cor 9, 5.

Vejamos então, qual o verdadeiro sentido do grau de

parentesco entre esses "Irmãos" e Jesus.


A expressão "Irmãos de Jesus" foi concebida originariamente não em ambiente grego, mas no mundo Semita.

 Os habitantes de Nazaré, por exemplo, não falavam grego, mas aramaico. 

É preciso, portanto, que procuremos avaliar o sentido da palavra "irmão" em aramaico. 

Ora, em aramaico, assim como em hebraico (línguas afins entre si), a palavra "Irmãos" Ah, em hebraico e Aha, em Aramaico, designava não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também, os primos ou até parentes mais remotos, pois estas línguas eram pobres em vocabulário.

No antigo testamento, vinte passagens atestam o amplo significado da palavra "Irmão", vejamos alguns exemplos:

Leiamos Gên 11, 27: "Eis a descendência de Taré: Taré gerou Abrão, Nacor e Arã. Arã gerou Ló".; 


Leiamos Gên 12, 5: "Abrão tomou sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló,...";

Agora leiamos Gên 13, 8: "Abrão disse a Ló: que não haja discórdia entre mim e ti, entre meus pastores e os teus, pois somos irmãos". (Leia também Gên 14, 12.14.16).



Leiamos 1 Cro 23, 21-22: "Filhos de Merari: Mooli e Musi. Filhos de Mooli: Eleazar e Cis. Eleazar morreu sem ter filhos, mas teve filhas que foram desposadas pelos filhos de Cis, seus irmãos".


Leiamos Tb 8, 9: Aconselhado pelo Arcanjo Rafael a casar-se com Sara, filha única de Raquel e de Ana, parentes próximos de seu pai, Tobias assim rezou a Deus: "Senhor, sabeis que não é por motivo de luxúria que recebo por mulher esta minha irmã".

Outros exemplos: Gn 12, 8-14; Gn 29, 12.15; Gn 31, 23; Gn 37, 16; Gn 39, 15; Gn 42, 15; Gn 43, 5; 1 Cro 15, 5; 2 Cro 36, 10; 2 Reis 10, 13;1 Sam 20, 29; Lv 10, 4; Jó 19, 13-14; Jó 42, 11.



Comentário: 

Vale esclarecer que na tradução grega foi usado o termo "Adelphós" irmãos, apesar do grego ter a palavra primo, em virtude da língua de pregação de Jesus ser o hebraico e o aramaico, que não tinha palavra própria para dizer primo. 

Com base nesta verificação, não teremos dificuldade de compreender que os "Irmãos de Jesus" eram, na verdade, primos de Jesus.

 Ora, é sabido que entre os orientais, os parentes mais próximos eram chamados de irmãos, como até hoje se dá em alguns países notadamente a Índia, onde em alguns idiomas locais não há palavras para designar "primo" 

Vejamos as pistas que alguns textos do evangelho nos dão:
Mat 27, 55-56: 

"Estavam ali muitas mulheres olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia a servi-lo. Entre elas Maria madalena,Maria, mãe de Tiago e de José e a mãe dos filhos de Zebedeu". (Confira Mar 15, 40).



Comentário: 

essa Maria, mãe de Tiago e de José, não é a esposa de José, mas de Clopas (ou Cléofas, ou Alfeu), conforme Joa 19, 25: "Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena".


Para melhor compreensão vejamos seguintes:


Filhos de Eli (Luc 3,23): José (pai adotivo de Jesus) e Clopas (ou Alfeu ou Cléofas). 

José (pai adotivo de Jesus) casou-se com Maria, mãe de Jesus. Clopas casou-se com uma mulher também chamada Maria (denominada Maria de Clopas). Dessa união, nasceram os seguintes filhos: Tiago (menor); José; Judas (não é o Iscariotes); Simão (não é Simão Pedro).


Pois bem, os nomes de Clopas (ou Alfeu ou Cléofas) designam em grego a mesma pessoa, pois são formas gregas do nome aramaico Claphai. O mais antigo historiador da Igreja, Hegesipo (180 d.C. - Memórias) conta-nos que Clopas (ou Alfeu ou Cléofas) era irmão de São José.

É muito comum nas Escrituras uma pessoa ser conhecida pôr 2 ou mais nomes diversos: O sogro de Moisés é chamado Raguel (Êxodo 2, 18 a 21) e logo depois é chamado Jetro (Êxodo 3, 1). Gedeão, depois de ter derribado o altar de Baal é chamado também Jerobaal (Juizes 6, 32). Josias, rei de Judá, é chamado também Azarias (2 Reis 15, 23; 1 Crônicas 3, 12). 

E no Novo Testamento o mesmo Mateus é chamado Levi: 

'Viu um homem, que estava sentado na coletoria de impostos, chamado Mateus (Mateus 9, 9). 

"Viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos (Marcos 2, 14). 

O mesmo que é chamado José é chamado Barsabas (Atos 1, 23)".

Ainda, para melhor entendimento, é necessário esclarecer que outra família também entra neste contexto, a de Zebedeu tinha por esposa Salomé e teve os seguintes filhos: 

João (discípulo a quem Jesus amava) e Tiago (maior).

Ainda existe a família de João (Joa 21,15), que não é João o Evangelista, que era pai de Simão (que passou a se chamar Pedro) e André.

Esse esquema explica a íntima relação que unia as famílias de Clopas e de José. 

Supõe-se que São José morreu antes da vida pública de Jesus. 

Parece então que a virgem Maria e seu divino Filho foram para a casa de seu cunhado e as duas famílias se fundiram numa só. 

Quando Jesus, aos 30 anos de idade deixou sua mãe para iniciar sua vida pública, Maria sempre saía acompanhada de seus sobrinhos (a mulher oriental no judaísmo antigo não se apresentava em público sozinha, mas sempre acompanha por parentes próximos masculinos), isto explica porque nos evangelhos Maria aparece freqüentemente em companhia dos "Irmãos de Jesus", que na verdade, não eram filhos da virgem Maria, mas sim, seus sobrinhos.

Estavam ao pé da cruz:

Segundo os Evangelhos Sinóticos:

Mat 27, 55-56: "Estavam ali muitas mulheres olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia a serví-lo. Entre elas Maria Madalena,Maria, mãe de Tiago e de José ( mulher de Clopas Jô 19, 25 ) e a Mãe dos filhos de Zebedeu".

Mar 15, 40: "Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe. Entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago (menor) e de José, e Salomé".

Luc 23, 49: "Os amigos de Jesus como também as mulheres, que o tinham seguido desde a Galiléia, conservavam-se a certa distância, e observavam estas coisas".



Segundo o Evangelista João:

Joa 19, 25: "perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas e Maria Madalena". 


(Entende-se aqui que Maria de Clopas era concunhada de Maria, termo inexistente na língua hebraica. Talvez Maria de Clopas pudesse também vir a ser irmã de sangue de Maria - mãe de Jesus, porém não há como prová-lo.).





Enumerando as mulheres que estavam juntamente com Maria ao pé da cruz, Mateus, Marcos e João as identificam da seguinte maneira:


Mateus 27, 56Marcos 15, 40João 19, 25
Maria, mãe de Tiago e de José;Maria, mãe de Tiago Menor e de José;a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas
Maria Madalena;Maria MadalenaMaria Madalena
a mãe dos filhos de Zebedeu.Salomé


Por aí se vê que a mesma Maria que é apresentada por São João como tia de Jesus (Irmã de sua mãe) é apresentada por São Mateus e São Marcos como mãe de Tiago menor e de José.

 E é claro que não se trata de Maria Salomé, que é a mãe dos filhos de Zebedeu e, portanto, é mãe de Tiago Maior.


Tiago (maior) e João:

Mar 10,35: "Aproximaram-se de Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu e disseram-lhe: 'Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te pedirmos".

Mat 20, 20: "Nisto, aproximou-se à mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica".


(Trata-se de Salomé, mulher de Zebedeu).



Relação dos Apóstolos:

Luc 6, 14-16: "Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro, André, seu irmão, Tiago, João, Felipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Simão, chamado zelador, Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor".

Mat 10, 2-4: "Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro, depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Felipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu e Judas Iscariotes, que foi o traidor".

(Tadeu é o Judas que não é o Iscariotes).


Mar 3, 16-19: "Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer, filhos do trovão. Ele escolheu também André, Felipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o zelador, e Judas Iscariotes, que o entregou".




PROVAS QUE JESUS ERA FILHO ÚNICO:


Jesus foi filho único?

Luc 2, 41-46: "Seus Pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando o menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para festa. Terminados os dias, eles voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia, e puseram-se a procurá-lo entre os parentes e conhecidos, e não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura. Três dias depois, eles o encontraram no templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os".


Comentário: Os dias de festa da Páscoa eram 7 (sete), contando os dias de viagem de ida e volta, a Sagrada Família deve ter ficado cerca de quinze dias fora de casa. 

Ora, Maria e José não podem ter deixado no lar, por tanto tempo, filhos pequenos, donde se conclui, logicamente, que aos doze anos de idade Jesus era filho único.


Por que nunca os evangelhos chamam os "irmãos de Jesus" de "filhos de Maria" ou de "José", como fazem em relação ao Nosso Senhor? 

E como, durante toda a vida da Sagrada Família, o número de seus membros é sempre três? 

A fuga para o Egito, a perda e o encontro de Jesus no Templo, etc...



Joa 19, 26-27: "Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse a sua mãe: mulher, eis o teu filho! Depois disse ao discípulo: eis a tua mãe! E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa".



Comentário:

 Jesus ao morrer confiou sua mãe a João evangelista, filho de Zebedeu, membro de outra família.

Este gesto seria incompreensível se Maria tivesse outros filhos em casa, já que segundo a lei de Moisés teria que ficar aos cuidados do filho mais velho. 

Jesus é dito "suposto filho de José" em Luc 3, 23; é dito "o filho de Maria" (com artigo) -"uiós Marias", em Mar 6, 3. 

O Evangelho nunca diz: "A mãe de Jesus e seus filhos", embora isto fosse natural se ela tivesse outros filhos (ver Mar 3, 31-35 e Ato 1, 14).





Objeções para a virgindade de Maria:




A LOGICA DA VIRGINDADE DE MARIA:

Que Maria permanecesse Virgem depois do parto de Jesus, 

era também muitíssimo conveniente, porque:





1* Sendo Jesus, o Filho unigênito de Deus Pai (Jo 1,14) - o 

Verbo ou Sabedoria de Deus  (Jo 1,1)-- convinha que 

também na terra Ele fosse unigênito de Maria (Mc 6,3), 

chamada no Evangelho de Mãe (apenas ) de Jesus (Jo 

2,1), e não Mãe de Jesus, Tiago e João. Os irmãos ditos no 

Evangelho, na verdade são primos.



2* Se Ele tivesse tido irmãos carnais, pensar-se -ia que 

esses irmãos também seriam deuses, pois teriam nascido 

de uma mesma mulher, teriam os mesmos poderes e dons, 

causando o politeísmo e heresia.



3* É necessário que Deus só tenha uma esposa, assim 

como é necessário que Ele tenha uma só Igreja (Apo 21, 9)

 Por isso, assim também a esposa só pode ter um esposo.



 E Maria só devia ter um esposo real: o próprio Deus (Lc 

1, 35), e manter-se virgem por toda a vida (Jo 19, 25-27).




4* Se Jesus se manteve virgem sempre, Maria também 

pôde se manter virgem por uma graça única de Deus.



5* Se Maria tivesse tido filhos de outrem que não o Espírito 

Santo, seu Divino esposo, isso seria uma aberração, 

semelhante ao adultério.


No Evangelho de Lucas, ao descrever sua infância aos 12 

anos de idade, vemos que a família de Jesus eram apenas 

José e Maria:



"Ora, seus pais iam todos os anos a Jerusalém, à festa da páscoa.

42 Quando Jesus completou doze anos, subiram 

eles segundo o costume da festa;

43 e, terminados aqueles dias, ao regressarem, ficou o 

menino Jesus em Jerusalém sem o saberem seus pais;

 (...)

e não o achando, voltaram a Jerusalém em busca dele." (Lc 

2, 41-43;45)






 





 Esposa do Divino Espírito Santo 

(Lc 1,35) uma vez, Maria devia se 

conservar sua esposa fiel sempre, 

pois ela é a porta pela qual o Verbo 

de Deus entrou no mundo e a 

escritura diz:






"Esta porta ficará fechada, não se abrirá, nem entrará 


por ela homem algum; porque o Senhor Deus de Israel 

entrou por ela; por isso ficará fechada. " (Ez 44,2)



Por Maria, Cristo veio ao mundo, assim ela é uma porta 

sagrada e sua virgindade é o sinal dessa santidade e 

consagração

 

1 Então me fez voltar para o caminho da porta exterior 


do santuário, a qual olha para o oriente; e ela estava 

fechada. 2 E disse-me o Senhor: Esta porta ficará 

fechada, não se abrirá, nem entrará por ela homem 

algum; porque o Senhor Deus de Israel entrou por 

ela; por isso ficará fechada. 

(Ez 44, 1-2) 


 

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